
Thais Buratto da Silva, de 24 anos,
graduada em Gestão Ambiental pela Universidade de São Paulo (USP),
participaria de um congresso, quando foi informada, na fila do check-in,
de que não poderia embarcar. A jovem afirma que funcionários da Qatar
Airways proibiram o embarque depois de o pai dela, o economista Renato
Camargo da Silva, ter feito uma brincadeira: “Ainda bem que não acharam
que você é terrorista”, teria dito Silva.
A passageira tentou explicar que fora um
mal-entendido. Segundo ela, os funcionários da companhia aérea não
aceitaram explicações e tampouco quiseram revistar sua bagagem.
“Foi para mim (o comentário). Não foi
alto. Foi uma brincadeira entre nós, um comentário que talvez não
precisava ter sido feito, mas foi feito para mim”, diz ela. Seu pai
afirmou que a abordagem da empresa aérea foi muito grosseira e ressaltou
que a filha não fez nenhuma insinuação sobre terrorismo. “Se alguém tem
de ser punido pelo comentário sou eu, e não ela. Questionem a mim, não
ela”, disse o pai.
Procurada, a Qatar Airways informou, por
meio de sua assessoria de imprensa, que o veto à passageira se deveu a
“questões de segurança”.
Thais argumenta que chegou a pedir à
companhia que chamasse a Polícia Federal, mas os funcionários teriam se
recusado. A PF em Guarulhos afirmou ontem que não encontrou nenhuma
notificação sobre o caso. Já Thais diz que vai registrar uma ocorrência
no aeroporto, por orientação de seu advogado, e entrará com uma ação por
danos morais e materiais contra a empresa. De acordo com a jovem, a
passagem custou cerca de R$ 6 mil e foi paga pela USP.
O advogado especialista em Direito do
Consumidor Fábio Lopes diz que só a PF poderia confirmar a suspeita da
empresa. Como os agentes não teriam sido acionados, caberia uma
indenização à passageira.
(Estadão)
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