
A pressão internacional, elevada pela confirmação dos Médicos Sem Fronteiras de que centenas de pessoas teriam sido asfixiadas, levou o governo sírio a permitir o acesso da equipe para investigar o uso de armas químicas. Os observadores, no entanto, podem ter dificuldades de encontrar provas. O tempo e os impactos de outros bombardeios subsequentes ao ataque químico à região podem ter apagado grande parte dos restos de gases tóxicos.
Pouco depois de os observadores das
Nações Unidas terem deixado o hotel Four Seasons, em Damasco, dois
morteiros caíram na região, informou a Reuters, citando a agência de
notícias estatal Sana. Os explosivos teriam sido lançados por
“terroristas”.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon,
pediu nesta segunda-feira uma ação urgente caso o uso de substâncias
proibidas na Síria seja comprovado.
O sinal verde do regime sírio para as
Nações Unidas foi recebido com desconfiança pelos Estados Unidos e pelo
Reino Unido, que já discutem uma intervenção militar. Os dois países
afirmam que o governo de Assad pode ter apagado evidências.
Em uma entrevista a um jornal russo, o
presidente sírio rejeitou as alegações de que suas forças usaram armas
químicas e advertiu Washington de que qualquer intervenção militar dos
EUA será um fracasso.
“O fracasso espera os Estados Unidos,
como em todas as guerras anteriores, começando com o Vietnã e até os
dias de hoje”, disse Assad ao diário “Izvestia” quando perguntado o que
aconteceria se os Estados Unidos decidissem atacar ou invadir a Síria.
(O Globo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário