
Segundo o responsável da Força de Intervenção Conjunta (JTF, por sua
sigla em inglês) do exército na região, coronel Victor Ebhaleme, os
militares receberam a informação de que vários integrantes do grupo
estavam reunidos na cidade.
“Ao nos aproximarmos do local do encontro, os suspeitos abriram fogo
contra a JTF. O confronto causou a morte de vinte deles, enquanto nós
perdemos um soldado e outros dois foram feridos”, acrescentou o coronel.
O Boko Haram cometeu vários ataques nos últimos meses no norte do
país, onde se concentra a população muçulmana. A maioria dos atentados
foi contra alvos cristãos, e muitos atingiram os fiéis de surpresa em
meio a cultos religiosos nas próprias igrejas.
Os atentados se deram em meio à incapacidade do presidente nigeriano,
Goodluck Jonathan, de interromper os atos de violência. A Associação
Cristã da Nigéria (CAN) chegou a pedir a renúncia de Jonathan
justificando que ele não seria “capaz de enfrentar o perigo que
significa a insurgência do Boko Haram”.
O Boko Haram quer instituir a lei radical islâmica sharia no país e consolidar um Estado islâmico dentro da Nigéria.
Dados da organização defensora dos direitos humanos Human Rights
Watch (HRW), deram conta de que o Boko Haram matou mais de 1.400 pessoas
no norte e centro do país desde 2010.
A Nigéria possui cerca de 170 milhões de habitantes divididos em mais
de 200 grupos tribais. Considerado o país mais populoso da África, a
região sofre com tensões relacionadas às profundas diferenças políticas,
religiosas e territoriais.
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