10.8.13

TIM leva Vivo ao Conar por propaganda enganosa

A quarta geração da telefonia móvel ainda engatinha no país – a estimativa mais recente da Anatel indica que existem cerca de 170 mil acessos de 4G no Brasil – mas as operadoras já começaram a se engalfinhar.

Um dos primeiros alvos é a Vivo, que foi orientada pelo Conar a retirar do ar propagandas sobre o serviço.

O Conar – o Conselho de Autorregulamentação Publicitária – julgou um pedido da TIM que acusava a Vivo de abusar da retórica ao oferecer seu serviço como “4G Plus”. Para a tele italiana, os espanhóis da Vivo estariam sugerindo que o 4G deles teria mais a oferecer – um ‘plus a mais’, como diria o outro. A disputa foi revelada pelo jornal O Globo.

O argumento convenceu os conselheiros da 6a Câmara do Conar, que no último 30/7 decidiram por unanimidade recomendar alteração nas peças publicitárias da Vivo. Ou seja, 4G é a mesma tecnologia para todas as teles, não tem um 4G “mais” que os outros. E embora não tenha sido a decisão mais severa da entidade – que seria a suspensão das propagandas – o efeito imediato é parecido.


 “Na prática significa que as peças publicitárias que a Vivo tem no momento precisam ser retiradas do ar imediatamente, mesmo que ela tenha a intenção de apresentar um recurso”, explica a assessoria do Conar. Ressalte-se que os recursos são escassos no Conselho – no máximo 15% das decisões de primeira instância são questionadas.

O Conar não tem “poder” para mandar, mas na prática as decisões desse colegiado – que reúne 180 representantes de agências de publicidade, veículos, anunciantes e sociedade civil – são sempre respeitadas. De aproximadamente 8,2 mil processos que já passaram pelo Conar, em nenhum caso – nenhum – jamais teve uma decisão desrespeitada.

No mais, mesmo que a Vivo tenha mesmo a intenção de recorrer -o que, como visto, já seria raro - a decisão tomada pela 6ª Câmara é automaticamente aplicada pelos veículos de comunicação, independentemente da vontade do anunciante. A única ressalva é que são respeitados os “ciclos” de cada mídia – ou seja, propagandas em revistas não implicam no recolhimento das revistas, etc.

Fonte: Convergência Digital

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