Pela proposta, ficam mantidos os termos
de um decreto de 1974, que proíbe a venda de maconha sem a interferência
do governo. O novo texto estabelece que o Estado controla a importação,
produção, compra, comercialização e distribuição da substância. Segundo
o secretário, a expressão importação é aplicada apenas para as sementes
da erva.
O secretário disse que a proposta não é
defender a maconha, mas estabelecer uma nova política pública de combate
ao tráfico e controle do uso da erva. “Ninguém está dizendo que a
maconha é boa”, disse ele. “Acho que a decisão do presidente de ter a
audácia ao dar esse passo permitirá ao governo promover um amplo
debate.” Mais detalhes da proposta estão na página da Presidência da
República do Uruguai.
O texto enviado ao Parlamento reúne
análises de vários órgãos do governo e especialistas uruguaios e
estrangeiros. O ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso é
citado como um dos defensores da proposta apresentada pela Comissão
Mundial sobre Políticas de Drogas. Também são mencionados o
ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas Kofi Annan e o
escritores Mario Vargas Llosa e Carlos Fuentes.
A comissão observa a necessidade de se
rever a política sobre drogas. “A pior coisa é cair em uma discussão com
slogans, preconceitos, sem um debate claro e verdadeiro”, disse Cánepa.
“Há problemas com o abuso de álcool e alcoolismo em si, mas ninguém em
sã consciência pensaria em proibir álcool. Vimos o que aconteceu com a
proibição nos Estados Unidos, que foi uma grande derrota das políticas
proibicionistas”, disse o secretário.
(Agência Brasil)
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