Benjamin Netanyahu disse, nesta terça-feira (29), acreditar que Teerã
esteja trabalhando no enriquecimento de urânio para fins bélicos. O
ministro também afirmou que só irá se convencer da inexistência de um
programa iraniano de armas nucleares se o mesmo abandonar o
enriquecimento de urânio, se desfazer do que já produziu e destruir os
meios para a produção de mais material.
“Esse é o verdadeiro teste. Sem isso não há nada”, disse ele numa conferência sobre assuntos estratégicos em Tel Aviv.
Netanyahu afirmou que enquanto as potências não adotarem uma postura
mais rígida em relação ao Irã as negociações não irão se concluir. Na
semana passada foi encerrada uma segunda rodada de negociações. Uma nova
rodada de discussões foi marcada para os dias 18 e 19 de junho em
Moscou.
“Eles não só precisam fortalecer as sanções, eles precisam também
fortalecer suas exigências com relação ao Irã, pelas quais impuseram as
sanções”, disse o premiê direitista.
Para o ministro, o Irã precisa remover do seu território todo o
material já enriquecido, além de desmantelar a instalação nuclear
fortificada nos arredores da cidade de Qom.
“Só um compromisso iraniano claro de cumprir essas três exigências e
uma verificação explícita de que isso foi feito poderá parar o programa
nuclear do Irã. Essa precisa ser a meta das negociações”, afirmou.
Apesar de especialistas terem encontrado urânio com enriquecimento
bélico, o Irã insiste no caráter pacífico do seu programa nuclear e diz
que não abrirá mão de enriquecer urânio até um grau de pureza compatível
com usos civis. Para o uso em armas nucleares, é preciso refinar o
urânio até um percentual de pureza superior a 90 por cento.
Muitos analistas e diplomatas dizem que não poderá haver acordo entre
o Irã e as potências mundiais num futuro próximo se não houver
concessões mútuas. As negociações envolvem Estados Unidos, Rússia,
China, Grã-Bretanha, França e Alemanha.
De acordo com uma fórmula em cogitação, o Irã limitaria o nível de
pureza do seu urânio enriquecido, e aceitaria inspeções mais intrusivas
da Organização das Nações Unidas, em troca de um alívio nas sanções
internacionais que atualmente afetam o país.
Israel vê o programa nuclear iraniano como uma ameaça à sua própria
existência, e não descarta uma ação militar contra as instalações
islâmicas da República Islâmica.
Fonte: Terra
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